Voltamos a este excelente branco da Quinta do Crasto, produzido com uvas da Quinta da Cabreira, localizada no Douro Superior – perto de Almendra – e daí a razão do nome do vinho.
A primeira prova foi com uma garrafa oferecida pelo próprio produtor aquando da visita à dita Quinta da Cabreira por ocasião do 5º Festival de Vinhos do Douro Superior em 2016.
Esta colheita de 2019 confirmou as impressões então colhidas com a prova do 2014 que trouxe dessa viagem.
É um vinho muito bem elaborado. Estruturado mas elegante, com madeira – onde estagiou 6 meses – muito discreta a pontuar apenas o conjunto, mas sem se sobrepor nem abafar os aromas (aleluia!!!).
Não é exuberantemente aromático, e como tal pede sobretudo mesa: é um vinho eminentemente gastronómico a pedir pratos requintados de peixe. Com peixe no forno liga na perfeição. Pede também um tempo mais fresco do que aquele que atravessamos agora, cotando-se mais como branco de meia-estação.
Esta dupla de castas ligou muito bem, com o Verdelho a comportar-se à altura trazendo alguma acidez e um toque aromático mais tropical que lhe dá mais nuances no nariz.
Apesar do preço ser puxadote, é um belo vinho que merece ser provado e degustado a preceito. Por isso passa a figurar nas nossas escolhas.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Crasto Superior 2019 (B)
Região: Douro
Produtor: Quinta do Crasto
Grau alcoólico: 13%
Castas: Verdelho, Viosinho
Preço em feira de vinhos: 14,90 €
Nota (0 a 10): 8
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