Depois dum tremendo fiasco, nada como um enorme sucesso para compensar. Após ter chocado com a decepção que foi o Teixuga tinto, recorri logo a seguir ao que sabia ser uma valor seguro, e que dificilmente me deixaria ficar mal na escolha.
Estes vinhos da Borges produzidos no Dão são sempre um porto seguro, pois expressam a verdadeira essência da região. Já tinha sido assim em provas anteriores, e mais uma vez confirmou-se.
Um tinto com 10 anos, elaborado apenas com Touriga Nacional, que como já era de esperar se apresentou em grande forma para consumir agora ou esperar mais uns tempos. Dificilmente se ganharia alguma coisa com isso, pois o vinho está num patamar onde se encontra o equilíbrio perfeito. Não há exageros, não há excessos, tudo está em harmonia.
Uma cor rubi brilhante e cristalina, nariz intenso a frutos maduros e do bosque, suavidade, elegância, persistência, fruta e estrutura quanto baste, adstringência domada e taninos sedosos, de madeira nem vestígios.
Concordem ou não, mas isto sim, é que é a verdadeira Touriga Nacional, no seu verdadeiro habitat e no terroir onde melhor se expressa.
Pode-se pedir mais? Sim, pode: que outros aprendam a fazer assim! Ponham os olhos nos exemplos que devem ser seguidos, pode ser que vejam uma luz.
Quem quiser saber o que é o verdadeiro Dão e a verdadeira Touriga Nacional na sua melhor expressão, experimente estes vinhos. Não é preciso reinventar a roda.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Borges, Touriga Nacional 2010 (T)
Região: Dão
Produtor: Sociedade dos Vinhos Borges
Grau alcoólico: 13,5%
Castas: Touriga Nacional
Preço: 9,85 €
Nota (0 a 10): 8
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