Terminamos este pequeno périplo pelos vinhos Vicentino com o tinto diferente, um monocasta Pinot Noir (Gama Nascente) em versão nua, que tenta mostrar a casta na sua expressão mais pura e genuína – talvez a querer aproximar-se do estilo da Borgonha.
É um vinho a tender para o clarete, pouco colorido como é próprio da casta, um rubi muito aberto.
Não aroma são evidentes as notas de frutos pretos e do bosque, um ligeiro toque vegetal. Na boca é redondo, leve, aberto e suave, mas com boa amplitude de boca.
É desafiante porque foge à vulgaridade e aos cânones – até pelo facto de dever ser bebido ligeiramente refrescado, embora se possa beber também a uma temperatura dentro dos parâmetros habituais nos tintos para perceber a diferença. O segredo está em baixá-lo apenas três ou quatro graus – entre os 12º C e os 14º C será o intervalo ideal.
Feito o balanço, este Pinot Noir é mais interessante do que o tinto de lote.
E comparados os cinco vinhos provados, o mais interessante entre os brancos é precisamente o de lote. O que significa que há por aqui matéria para explorar a voltar a experimentar, pois existem outras gamas com muitas nuances interessantes.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Vicentino Naked, Pinot Noir 2020 (T)
Região: Alentejo (Costa Atlântica)
Produtor: Frupor
Grau alcoólico: 12,5%
Casta: Pinot Noir
Preço: 9,75 €
Nota (0 a 10): 8
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