O ciclo da vinha ao vinho

  

Há dias tive oportunidade de assistir, juntamente com o Politikos (ao fim e ao cabo, os dois marretas resistentes) à apresentação, no sumptuoso salão nobre da Academia das Ciências de Lisboa, da obra O grande livro da oliveira e do azeite - Portugal oleícola. Coordenada por Jorge Böhm, o produtor dos vinhos Plansel, a obra conta com textos da autoria de diversos técnicos da área da olivicultura, bem como a participação de diversas entidades oficiais, nomeadamente o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV). O mesmo autor já tinha lançado O grande livro das castas - Portugal vitícola, onde são apresentadas detalhadamente as castas de uva de origem portuguesa.

Colaborando com o projecto esteve uma pequena empresa da área informática que, em parceria com as entidades envolvidas, fez a apresentação do site intitulado Vine to wine circle, que pretende ser um repositório das castas existentes em Portugal, disponibilizando informação pormenorizada acerca da sua origem, características, regiões e produtores dessas regiõesVine to wine circle, que pretende ser um repositório das castas existentes em Portugal, com informação pormenorizada acerca da sua origem e das suas características, regiões onde existem e com ligação a produtores das respectivas regiões.

Embora ainda numa fase embrionária, o site pareceu-nos bastante interessante e com um grande potencial informativo, servindo de base para os enófilos (e naturalmente os bloguistas) irem “beber” informação técnica especializada e rigorosa, à qual nem sempre é possível aceder de forma fácil.

Formulamos votos para que este novo site possa crescer e melhorar. Estaremos atentos e disponíveis para contactar os autores sempre que, tal como foi pedido à assistência, forem encontradas falhas, ou mesmo para sugerir melhorias. Com o contributo de todos, todos certamente irão beneficiar da informação existente.

Resta acrescentar que após a apresentação da obra e do site Vine to wine circle, teve lugar um beberete/cocktail onde foi possível provar e degustar alguns produtos regionais, entre pão, queijos, enchidos e doces, acompanhados de vinhos e azeites de várias regiões. Sem entrarmos na análise de cada vinho provado, não queremos deixar de dar o merecido destaque ao bairradino BTT, da autoria de Luís Pato (sempre ele a inovar), cujo nome resulta da junção das iniciais das castas que lhe dão origem: Baga, Tinto Cão e Touriga Nacional. No meio de vários vinhos da moda com a habitual doçura frutada que já se vai tornando maçadora, não pudemos deixar de fazer o seguinte comentário: “este, sim, é um vinho a sério”. Há coisas que, realmente, são só para quem sabe... Mais uma vez, aquele a quem já chamaram o «senhor Bairrada», o enfant terrible eternamente jovem e inovador, deu cartas no meio da concorrência. Se o próprio lá estivesse, eu ter-lhe-ia dado os parabéns.

Resta acrescentar que após a apresentação dos temas em destaque houve lugar a um beberete/cocktail onde foi possível provar e degustar alguns produtos regionais, entre pão, queijos, enchidos e doces, acompanhados de vinhos e azeites de várias regiões. Sem entrarmos na análise de cada vinho provado, não queremos deixar de dar o merecido destaque ao bairradino BTT, da autoria de Luís Pato (sempre ele a inovar), cujo nome resulta da junção das iniciais das castas que lhe dão origem: Baga, Tinto Cão e Touriga Nacional. No meio de vários vinhos da moda com a habitual doçura frutada que já se vai tornando maçadora, não pudemos deixar de escapar o comentário “este sim, é um vinho a sério”. Há coisas que, realmente, são só para quem sabe… Mais uma vez o “senhor Bairrada”, o enfant terrbile eternamente jovem e inovador, deu cartas no meio da concorrência. Se o próprio lá estivesse, eu ter-lhe-ia dado os parabéns.

Kroniketas com Politikos, por entre vinhos e azeites, mas sem estarem com os azeites...

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