Depois do encontro

No passado dia 3 uma delegação do Grupo Gastrónomo-Etilista “Os Comensais Dionisíacos” deslocou-se à Feira das Indústrias, na antiga FIL, para mais uma edição do Encontro com o Vinho e com os Sabores.

Foi uma longa jornada em que se provou muito e se registou pouco. Desta vez estivemos menos atentos às marcas, mais aos produtores e às conversas, por isso não há grande registo dos vinhos provados, até porque seria impossível enumerar todos.

Em destaque colocamos, logo de entrada, alguns espumantes da PROVAM, em especial um Coto de Mamoelas, feito exclusivamente com a casta Alvarinho, e que mostrou ser excelente. Claro que os Murganheira também não deixaram os créditos por mãos alheias, enquanto outros não convenceram tanto, como o Tapada do Chaves (as Caves da Montanha optaram por uma acção de marketing com meninas muito destapadas a oferecer uns copos de espumante aos passantes, mas a Soraia Chaves não estava lá...).

Recordamos em especial um branco dos Cozinheiros, da Quinta dos Cozinheiros, de grande estrutura e grande corpo e enorme persistência, um branco para carnes, assim como o Poeirinho, um Bairrada à moda antiga. Tivemos oportunidade de passar pela Quinta do Monte d’Oiro e descobrir o novo Clarete, pelas Caves de S. João e revisitar alguns clássicos, pela Niepoort e escolher dois ou três dos muitos presentes, de mirar a vasta oferta de dois dos nossos produtores de referência, a Sogrape e a Herdade do Esporão, terminando inevitavelmente com os Porto Vintage da Fonseca (em que, além da excelência dos vinhos, impera a simpatia e o gosto pela conversa - nota 20 para tudo!). Pelo caminho pudemos também trocar algumas impressões com produtores e enólogos presentes, como José Bento dos Santos ou Paulo Laureano, o próprio.

(Cabe aqui referir a aversão do Kroniketas à causa queijal, e por isso não pode apreciar o belo exemplar serpense que o tuguinho comprou no stand da Quinta dos Coteis; também nos ficou na alembradura uma bela empada de frango e legumes de uma nova loja gourmet chamada Apetitices, e que parece merecer visita à sede).

Inevitável seria o reencontro com alguns comparsas eno-bloguistas. Logo de entrada topámos com o Pingas no Copo, pouco depois apareceu o Copo de 3, logo a seguir o companheiro Chapim e respectiva cara-metade, um independente que não falha e com quem já nos tínhamos cruzado no Clube del Gourmet do Corte Inglês, numa apresentação de vinhos italianos. Fomo-nos cruzando aqui e ali, trocando impressões e comentando os vinhos provados.

No fim lá conseguimos voltar sãos e salvos para casa, mais bebidos que comidos. O tuguinho queria comprar um Colares mas desistiu. Já era vinho demais...

Kroniketas, enófilo quase sóbrio (com acrescentos de tuguinho, menos água e mais vinho)

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