Há alguns anos que não me cruzava com este Quinta de São Francisco branco, mas não deixou de ser um vinho que mantive debaixo de olho. Recentemente provei a colheita de 2020 e posteriormente a de 2021, que agora trazemos à colação.
Uma das características distintivas é o facto de ser um dos poucos vinhos que mantém a utilização da casta Vital, quase confinada à sub-região de Óbidos, mas que tem sido recuperada por alguns enólogos que não a querem deixar morrer, como tem acontecido com outras ao longo dos tempos.
No panorama actual, o enólogo da Companhia Agrícola do Sanguinhal, Miguel Móteo, assim como António Ventura e Hugo Mendes são nomes que se destacam na preservação da casta Vital e na sua utilização nos vinhos que elaboram.
Este Quinta de São Francisco revelou as características que habitualmente o definem: cor muito aberta, com aromas cítricos e florais predominantes e um ligeiro vegetal; na boca apresenta-se delicado e suave, macio e elegante.
Não é muito longo nem estruturado, mas prima essencialmente para suavidade. Liga muito bem com comidas requintadas e não muito temperadas, e bastante adequado para a época estival que atravessamos.
Excelente relação qualidade/preço. Recomenda-se.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Quinta de São Francisco 2021 (B)
Região: Lisboa (Óbidos)
Produtor: Companhia Agrícola do Sanguinhal
Grau alcoólico: 13%
Castas: Vital, Fernão Pires, Arinto
Preço em feira de vinhos: 4,85 €
Nota (0 a 10): 7,5
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