Conhecemos este Quinta de Camarate tinto há já muitos anos, à semelhança do que acontece com o Branco Seco.
Tal como o branco, também ele foi alvo de mudanças ao longo do tempo. Actualmente é elaborado com base em quatro castas em percentagens variáveis. Tento recordar-me de como ele era nos anos 90 e creio que o Cabernet Sauvignon aparecia em percentagem significativa, pois tinha uma cor um pouco mais aberta e um aroma que me agrava particularmente.
Actualmente apresenta-se com uma cor bastante carregada, a tender para o violeta, aroma de mato e frutos do bosque, com alguma evolução já a fazer-se sentir.
Na boca é estruturado e com persistência média. Não teve estágio em madeira e apresenta-se com macieza e estrutura suficientes, o que nos pode fazer levantar a questão para que serve, muitas vezes, o estágio em madeira onde se calhar não era necessário...
Não é tão guloso nesta versão como me lembro que era antes, e o aroma também não é tão intenso.
Não deixando de ser interessante, a versão em branco seco é bastante mais entusiasmante.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Quinta de Camarate 2015 (T)
Região: Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos
Grau alcoólico: 13,5%
Castas: Touriga Nacional (48%), Castelão (30%), Aragonês (17%), Cabernet Sauvignon (5%)
Preço em feira de vinhos: 7,99 €
Nota (0 a 10): 7,5
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