No meu copo 382 - Padre Pedro branco 2012; Quinta da Alorna branco 2012

Fazendo agora uma ligeira inflexão da região Lisboa para a região Tejo, encontramos estes dois brancos de duas casas de referência, a Casa Cadaval, situada em Muge, e a Quinta da Alorna, em Almeirim.

Se os tintos destas duas casas, entre outras, têm servido para alavancar o nome e o prestígio da região, é comum lermos que a maior tradição até é de brancos, com a casta Fernão Pires à cabeça, devido à frescura e macieza obtida.

No caso destas duas garrafas em apreço, trata-se de vinhos de qualidade média, embora me tivesse agradado mais o Quinta da Alorna. O anterior que tinha provado já foi há uns bons anos, mas do que ficou registado não parece ter mudado o perfil. Suave, aromático com frutado quanto baste, com um toque citrino a par com um ligeiro tropical, um produto agradável e que se bebe com facilidade.

O Padre Pedro branco mostrou-se mais mineral mas um aroma contido, com algum citrino e também um toque tropical mas pouco exuberante no nariz, persistência média e final discreto. Apesar de ter na sua composição o Verdelho e o Viognier, que não existem no Quinta da Alorna e que à partida poderiam conferir-lhe alguma complexidade acrescida e mais exuberância aromática, acabou por ficar um ou dois furos abaixo do Quinta da Alorna, embora não deixe de ser um vinho que se bebe com facilidade. Mas não se pode esperar dele mais do que pode dar.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Região: Tejo (Almeirim)

Vinho: Padre Pedro 2012 (B)
Produtor: Casa Cadaval
Grau alcoólico: 12,5%
Castas: Arinto, Verdelho, Fernão Pires
Preço em feira de vinhos: 3,35 €
Nota (0 a 10): 6,5

Vinho: Quinta da Alorna 2012 (B)
Produtor: Quinta da Alorna Vinhos
Grau alcoólico: 13%
Castas: Arinto, Fernão Pires
Preço em feira de vinhos: 3,19 €
Nota (0 a 10): 7

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