Regressamos aos rosés do Douro, região que temos percorrido com frequência na procura de rosés e donde saem alguns belíssimos exemplares, sobretudo quando são baseados na Touriga Nacional.
Já aqui o disse há alguns anos, mas a Touriga Nacional para mim até se expressa melhor nos rosés do que em muitos tintos excessivamente carregados, porque a menor extracção e consequente leveza dos rosés, aliada ao carácter marcadamente floral da casta, dá aos rosés o melhor que a Touriga tem e deixa de fora aquele carácter que nos tintos muito concentrados por vezes se torna cansativo.
Aliás, não sou o maior fã dos tintos de Touriga Nacional (apesar daqueles que lhe chamam “casta rainha”), mas quase sempre os rosés de Touriga estão entre os meus preferidos.
E a que propósito gasto três parágrafos para falar da Touriga Nacional, quando afinal ela não está presente neste rosé da Quinta da Pacheca?
Talvez, precisamente, porque este duo que o compõe acaba por não resultar tão bem...
O aroma é discreto, pouco intenso, e na boca não tem aquela elegância e amplitude que normalmente os rosés do Douro apresentam. Peca por ser um pouco delgado, com final algo curto e pouca persistência.
Não surpreende nem encanta.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Pacheca 2020 (rosé)
Região: Douro
Produtor: Quinta da Pacheca, Sociedade Agrícola e Turística
Grau alcoólico: 12,5%
Castas: Tinta Barroca, Tinta Roriz
Preço: 4,49 €
Nota (0 a 10): 7
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