Cerca de dois anos depois da estreia, regressamos a este curioso e interessantíssimo branco da Bacalhôa, com esta casta supostamente originária da Roma Antiga.
Relativamente à prova anterior, esta versão de 2019 apresentou-se de cor mais aberta e mais clara, embora com uma tonalidade mais carregada que o habitual. Na colheita de 2016 percebia-se melhor porque chamam a estes vinhos “orange wine”, porque a cor era mesmo o reflexo dum vinho fermentado com as películas, enquanto este 2019 está mais claro, mais limpo e mais brilhante.
Mantendo-se o perfil aromático, um pouco austero, predominam notas com algum floral e alguma mineralidade, sem a fruta muito evidente.
Na boca continua a ser um vinho desafiante, que pede experiências gastronómicas variadas. Ainda não foi desta que o bebi a acompanhar uma caldeirada, mas a intenção mantém-se. Não sei porquê, mas tenho este pressentimento de que poderá ser uma ligação perfeita.
É um vinho para continuar a acompanhar regularmente e que mantemos nas nossas escolhas.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Bacalhôa, Greco di Tufo 2019 (B)
Região: Península de Setúbal
Produtor: Bacalhôa Vinhos
Grau alcoólico: 13%
Casta: Greco di Tufo
Preço: 9,98 €
Nota (0 a 10): 8
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