Estes são dois novos lançamentos no projecto de Hugo Mendes. Depois da criação do HM Lisboa, surgem agora estas duas versões monocasta da colheita de 2018.
À semelhança do que já verificámos nas colheitas anteriores do HM Lisboa, são vinhos que precisam de tempo para crescer em garrafa. Um ano a mais pode fazer toda a diferença.
Estas colheitas de 2018 foram consumidas com pouco mais de um ano de idade. Os vinhos estão ainda demasiado jovens, particularmente o Vital, a que ainda falta alguma complexidade. O vinho está um pouco liso e linear.
No caso do Fernão Pires, pelas próprias características da casta, à partida já é mais complexo, mas também precisa de crescer.
Facto incontornável: são dois vinhos com apenas 10 graus de álcool, coisa a que estamos completamente desabituados pois nas duas últimas décadas fomos fustigados com vinhos de 14 e 15 graus, com brancos carregados de madeira e 14 ou 14,5% de álcool, e já não nos lembramos de como eram os vinhos dos anos 90: encontrar brancos (e até muitos tintos) com 11% era vulgar.
Ainda me lembro das primeiras colheitas do Monte Velho, que já era muito bom nessa altura: tinha 11% de álcool e diferenciava-se de muitos outros. Depois subiu rapidamente para os 13, ganhou corpo e colou-se a um enorme pelotão onde todos se misturam e confundem.
Portanto agora estranha-se quando nos cruzamos com um branco sem madeira e apenas com 10 graus, que nos parece água. Mas não é pelo álcool que o HM Lisboa (de lote) tem deixado de fazer sucesso junto da crítica, pois as revistas da especialidade têm-no pontuado com notas acima dos 16.
Dito isto, é uma questão de dar tempo a estes monocastas e de esperar por mais. Pode ser que depois se entranhe.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Região: Lisboa
Produtor: Hugo Mendes Wines
Vinho: HM Lisboa, Fernão Pires 2018 (B)
Grau alcoólico: 10%
Casta: Fernão Pires
Preço: 10 €
Nota (0 a 10): 7,5
Vinho: HM Lisboa, Vital 2018 (B)
Grau alcoólico: 10%
Casta: Vital
Preço: 10 €
Nota (0 a 10): 7
À semelhança do que já verificámos nas colheitas anteriores do HM Lisboa, são vinhos que precisam de tempo para crescer em garrafa. Um ano a mais pode fazer toda a diferença.
Estas colheitas de 2018 foram consumidas com pouco mais de um ano de idade. Os vinhos estão ainda demasiado jovens, particularmente o Vital, a que ainda falta alguma complexidade. O vinho está um pouco liso e linear.
No caso do Fernão Pires, pelas próprias características da casta, à partida já é mais complexo, mas também precisa de crescer.
Facto incontornável: são dois vinhos com apenas 10 graus de álcool, coisa a que estamos completamente desabituados pois nas duas últimas décadas fomos fustigados com vinhos de 14 e 15 graus, com brancos carregados de madeira e 14 ou 14,5% de álcool, e já não nos lembramos de como eram os vinhos dos anos 90: encontrar brancos (e até muitos tintos) com 11% era vulgar.
Ainda me lembro das primeiras colheitas do Monte Velho, que já era muito bom nessa altura: tinha 11% de álcool e diferenciava-se de muitos outros. Depois subiu rapidamente para os 13, ganhou corpo e colou-se a um enorme pelotão onde todos se misturam e confundem.
Portanto agora estranha-se quando nos cruzamos com um branco sem madeira e apenas com 10 graus, que nos parece água. Mas não é pelo álcool que o HM Lisboa (de lote) tem deixado de fazer sucesso junto da crítica, pois as revistas da especialidade têm-no pontuado com notas acima dos 16.
Dito isto, é uma questão de dar tempo a estes monocastas e de esperar por mais. Pode ser que depois se entranhe.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Região: Lisboa
Produtor: Hugo Mendes Wines
Vinho: HM Lisboa, Fernão Pires 2018 (B)
Grau alcoólico: 10%
Casta: Fernão Pires
Preço: 10 €
Nota (0 a 10): 7,5
Vinho: HM Lisboa, Vital 2018 (B)
Grau alcoólico: 10%
Casta: Vital
Preço: 10 €
Nota (0 a 10): 7
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