Aquele que durante bastantes anos se chamou Vinha da Defesa, chama-se agora Defesa do Esporão. No site da empresa está a explicação da origem do nome Defesa, que reza assim:
“No século XIII, D. João de Aboim, descendente de Egas Moniz e figura central no tempo do rei D. Afonso III, formou, a partir de vários territórios doados pelos concelhos de Monsaraz e de Portel, a Defesa do Esporão – uma das mais antigas propriedades no Sul de Portugal.
As Defesas eram grandes propriedades coutadas, defendidas das pastagens de gado vindo de outras paragens, e estão directamente ligadas à formação de Portugal, no período da reconquista cristã do Sul. Exemplos de sistemas agrosilvopastoris, as Defesas caracterizavam-se por uma diversidade de utilização. Derivando do bosque mediterrânico, as Defesas conquistaram, nesses tempos fundadores, terrenos aos bosques para pastagens.
A Defesa do Esporão foi um dos grandes exemplos deste tipo de propriedades ligadas à formação de Portugal. A sua delimitação por carta de finais do século XIII, guardada na Torre do Tombo, permanece até hoje inalterada com séculos de práticas agrosilvopastoris, baseadas na conservação da biodiversidade e numa multifuncionalidade que o Esporão continua hoje a eleger como boa prática na protecção do nosso ecossistema.”
Sobre o vinho, já aqui falámos desta nova composição do lote, que lhe mudou o perfil. Está mais moderno (será isso que “o mercado pede”?), nenhuma das castas é da região, mas não está, actualmente, um vinho que me atraia particularmente.
Parte do lote estagiou em cubas de inox, outra parte em madeira de carvalho francês durante 6 meses, seguindo-se mais 6 meses de estágio em garrafa.
Apresenta-se de cor rubi intensa, com aromas de fruto maduro e alguma especiaria, com taninos macios e final médio. Na boca aparece redondo e suave.
Aparentemente tem tudo no sítio. No entanto parece que lhe falta alguma coisa que o torne verdadeiramente apelativo... Já me convenceu mais do que agora. Parece ser daqueles vinhos que não se sabe bem o que é nem para que lado vai cair.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Defesa do Esporão 2014 (T)
Região: Alentejo (Reguengos)
Produtor: Esporão
Grau alcoólico: 14,5%
Castas: Touriga Nacional, Syrah
Preço em feira de vinhos: 5,64 €
Nota (0 a 10): 7,5
“No século XIII, D. João de Aboim, descendente de Egas Moniz e figura central no tempo do rei D. Afonso III, formou, a partir de vários territórios doados pelos concelhos de Monsaraz e de Portel, a Defesa do Esporão – uma das mais antigas propriedades no Sul de Portugal.
As Defesas eram grandes propriedades coutadas, defendidas das pastagens de gado vindo de outras paragens, e estão directamente ligadas à formação de Portugal, no período da reconquista cristã do Sul. Exemplos de sistemas agrosilvopastoris, as Defesas caracterizavam-se por uma diversidade de utilização. Derivando do bosque mediterrânico, as Defesas conquistaram, nesses tempos fundadores, terrenos aos bosques para pastagens.
A Defesa do Esporão foi um dos grandes exemplos deste tipo de propriedades ligadas à formação de Portugal. A sua delimitação por carta de finais do século XIII, guardada na Torre do Tombo, permanece até hoje inalterada com séculos de práticas agrosilvopastoris, baseadas na conservação da biodiversidade e numa multifuncionalidade que o Esporão continua hoje a eleger como boa prática na protecção do nosso ecossistema.”
Sobre o vinho, já aqui falámos desta nova composição do lote, que lhe mudou o perfil. Está mais moderno (será isso que “o mercado pede”?), nenhuma das castas é da região, mas não está, actualmente, um vinho que me atraia particularmente.
Parte do lote estagiou em cubas de inox, outra parte em madeira de carvalho francês durante 6 meses, seguindo-se mais 6 meses de estágio em garrafa.
Apresenta-se de cor rubi intensa, com aromas de fruto maduro e alguma especiaria, com taninos macios e final médio. Na boca aparece redondo e suave.
Aparentemente tem tudo no sítio. No entanto parece que lhe falta alguma coisa que o torne verdadeiramente apelativo... Já me convenceu mais do que agora. Parece ser daqueles vinhos que não se sabe bem o que é nem para que lado vai cair.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Defesa do Esporão 2014 (T)
Região: Alentejo (Reguengos)
Produtor: Esporão
Grau alcoólico: 14,5%
Castas: Touriga Nacional, Syrah
Preço em feira de vinhos: 5,64 €
Nota (0 a 10): 7,5
Comentários