Vinhos h’OUR – Parceiros na Criação



No Verão de 2016 foram lançadas as novas colheitas dos vinhos h’OUR, da autoria de João Nápoles de Carvalho e Joana Pratas.

Este projecto resulta da parceria e do nome do casal: os apelidos Pratas e Nápoles de Carvalho dão origem a PNC e o nome h’OUR é uma junção de “hora” e “nosso”, com o sentido de “chegou a hora de partilhar o que é nosso”. A empresa está sediada em Barcos, no concelho de Tabuaço, na sub-região de Cima Corgo.

A apresentação das novidades ocorreu no terraço do Torel Palace e contou com a estreia dum rosé, novas colheitas de branco e tinto e de azeite extra-virgem, acompanhados por alguns petiscos. Esteve presente também uma garrafa de Touriga Nacional 2012, mas não foi objecto de prova.

O meu primeiro contacto com os vinhos h’OUR tinha acontecido poucos meses antes, aquando da minha participação no Bloggers Challenge, em que o h’OUR branco foi o vinho por mim escolhido para um dos pratos. Na altura, em comparação com o outro branco presente, o Caios, escolhido pelo meu comparsa Luís Gradíssimo, gostei mais do h’OUR branco, pela sua acidez e frescura.

Desta vez o branco não me agradou tanto, pois relevou-se menos intenso aromaticamente embora com um pouco mais de estrutura e persistência, por opção do enólogo João Nápoles. Pessoalmente, gostei mais do outro perfil, que lhe conferia outra vivacidade. Álcool: 13%. PVP: 7,70 €.

O tinto mostrou-se relativamente redondo na boca, sem arestas. Proveniente de vinhas velhas, onde as castas se encontram misturadas, juntou-se-lhe Touriga Nacional e Sousão que lhe deram algum perfume. Estagiou em barricas usadas de 225 litros durante um ano, mostrando boa integração da madeira. Álcool: 14%. PVP: 9,90 €.

O rosé pareceu-me o menos interessante, ainda a precisar de afinação. Elaborado com 50% de vinhas velhas e 50% de Touriga Nacional, apresentou-se algo adocicado e com excesso de álcool e algum défice de acidez, que o tornam pouco vivo na prova de boca. Aliás, das informações dadas na ficha técnica, é aquele que apresenta menor acidez natural dos três vinhos apresentados (4,59 g/l contra 5,70 g/l do branco e 5,40 g/l do tinto). A rever no processo de elaboração. Álcool: 14%. PVP: 6,00 €.

Finalmente o azeite, um produto que domino pouco mas que vou conhecendo melhor aqui e ali, até por via familiar. Este azeite do Douro foi elaborado com as variedades Cobrançosa, Madural, Negrinha e Verdeal. Pareceu-me bastante suave e aromático, interessante. Acidez: 0,2%. PVP: 7,50 €.

Foi um fim de tarde agradável, em simpático convívio com o casal e com os outros presentes. Sendo um projecto ainda recente (o primeiro tinto foi lançado em 2013), tem ainda muito por onde crescer, e assim se espera que aconteça. Cá ficamos a aguardar por mais novidades.

O nosso agradecimento pelo convite que nos foi endereçado e votos de felicidades para estes Parceiros Na Criação. Eles merecem.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Fotos: Joana Baptista, cedidas por Joana Pratas

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