Eventos gastro-etílicos



Esta primeira quinzena de Novembro tem sido pautada pela presença em vários acontecimentos. No dia 1 foi o Festival de Gastronomia de Santarém; no dia 4 foi o Encontro com o Vinho; este domingo foi a estreia no Festival do Chocolate em Óbidos.

Contrariamente aos receios, não se confirmaram as piores expectativas em relação ao trânsito e ao acesso ao festival. Parece que já toda a gente tinha esgotado as visitas e conseguiu-se chegar sem problemas a Óbidos, estacionar com relativa facilidade e andar pelas ruas e visitar as barraquinhas e stands de chocolate com algum à-vontade, apesar dos espaços diminutos por onde vamos passando, nas ruas e dentro das muralhas do castelo.

Para um aficionado do chocolate, aquilo é um verdadeiro maná, e só alguma contenção me impediu de devorar bolos, tartes, brigadeiros, queijadas, fondues de chocolate, para além das inevitáveis chávenas de chocolate quente, para beber e trazer a chávena. Aqui tive duas experiências antagónicas: um feito apenas com água e achocolatado despejado lá para dentro, que nos deixou um sabor pouco agradável, mas já na saída vinguei-me noutra que tinha visto na entrada e aí bebi um verdadeiro chocolate quente espesso e cremoso, de beber e chorar por mais, para terminar em beleza.

Destaque ainda para uma casinha com “O melhor bolo de chocolate do mundo”, que já tinha tido a felicidade de provar no Chafariz do Vinho, e para a famosa ginjinha de Óbidos, com a particularidade de se beber num copo de chocolate... que depois se comia! Delicioso.

Como não há bela sem senão, os resquícios das filas intermináveis que tinham sido noticiadas no primeiro fim-de-semana verificaram-se no acesso às esculturas de chocolate. Uma verdadeira serpente que percorria as ruas ao longo de centenas de metros para ter acesso à igreja onde se encontravam as esculturas. Obviamente, passámos ao lado.

Obivamente é uma experiência a repetir, agora já com conhecimento do que merece ser provado, mas só é pena ser naquele local. Claro que o pitoresco da vila dá uma certa graça a tudo aquilo, mas o espaço não tem quaisquer condições para receber uma grande afluência de público. Mais valia montarem tudo fora da vila, num espaço aberto e de acesso fácil. E já agora, construir una parques de estacionamento para alguns milhares de carros. Mas em Portugal nunca se pensa nestes pormenores ínfimos das infra-estruturas...

Agora fica a faltar uma visita a um desses festivais de caça que há por aí. Mas parece que não será este ano que me vou estrear na feira de Borba...

Kroniketas, chocoólico militante

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