No meu copo 1016 - Jean-Marc Brocard Valmur Grand Cru branco 2018

Vídeo em https://youtu.be/Uf9GFjjmDdk

O segundo branco francês que tivemos oportunidade de adquirir (já por um valor a tender para o exorbitante) foi um borgonhês, da sub-região de Chablis, elaborado (dir-se-ia que quase inevitavelmente) com 100% de Chardonnay.

Na cor é mais claro que o bordalês do post anterior, com um amarelo cítrico brilhante. No aroma apresenta-se delicadíssimo, suave, não tão intenso como o do Sauvignon Blanc, uma certa mineralidade e fruta ligeiramente discreta.

Na prova de boca revela-se em todo o seu esplendor. A elegância, finesse, delicadeza, macieza, são muito mais difíceis de descrever do que de apreciar. Mas a suavidade deste vinho – destes vinhos – é qualquer coisa de sublime.

Dificilmente outros se lhes igualam porque estes são, arrisco dizê-lo, provavelmente os melhores brancos do mundo!

Estagiou 18 meses em barrica (80% nova e 20% usada), mas a madeira é praticamente como se não existisse. Ela está lá a dar estrutura e complexidade ao vinho mas, ao contrário do que habitualmente acontece em Portugal, não temos um Chardonnay amanteigado e enjoativo com a madeira a sobrepor-se a tudo o resto – com a agravante de que depois isso ainda é apregoado como se fosse uma qualidade...

Um exemplo que deveria ser aprendido e seguido por cá, assim os implicados no assunto o quisessem.

Resumindo: sublime!

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Jean-Marc Brocard Valmur Grand Cru 2018 (B)
Região: Chablis - Borgonha (França)
Produtor: Jean-Marc Brocard (Préhy)
Grau alcoólico: 13,5%
Casta: Chardonnay
Preço: 61 €
Nota (0 a 10): 9,5

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