5º Festival e Concurso de Vinhos do Douro Superior - Maio 2016


Passou já uma semana desde o evento, mas ainda não houve tempo para dissertar mais demoradamente sobre o 5º Festival e Concurso de Vinhos do Douro Superior, o que tentaremos fazer ao longo das próximas semanas.

No entanto, em nome das Novas Krónikas Viníkolas, não queremos deixar passar esta oportunidade para, antes de mais, agradecer publicamente à Revista de Vinhos, na pessoa do seu director da área de negócios João Geirinhas Rocha, e à organização na pessoa da Joana Pratas, por todo o esforço, dedicação e atenção que nos foram dedicados ao longo dos 3 dias da nossa jornada pelo Douro Superior.

Queremos também agradecer, principalmente, o convite que foi endereçado a este blog para que um dos seus autores (no caso concreto este escriba que se assina...) fizesse parte do júri do 5º Concurso de Vinhos do Douro Superior e, por arrasto, por todas as actividades que nos foram proporcionadas nestes dias, que ficaram memoráveis e que guardarei na minha lembrança com muito carinho. Já conhecíamos uma pequena parte do Douro Superior, dum passeio feito há uns anos a Foz Côa, no qual foi visitada a Quinta de Ervamoira (Ramos Pinto), tendo depois descido até ao Pinhão e à Régua.

(Krónikas duma viagem ao Douro - 3)
(Quinta de Ervamoira, Take 2)

Mas embrenhar-me, assim, no coração do Alto Douro vinhateiro, lá “para trás do fim do mundo”, era coisa que nunca tinha feito, e não estava nos planos imediatos. É verdade que já tinha pensado em tentar visitar a Quinta da Leda (Sogrape) e a Quinta de Castelo Melhor (Duorum), nomes sonantes da zona para lá de Foz Côa, ou fazer o passeio de barco da Régua até Barca d'Alva, mas esta viagem às “profundezas” (em altitude) da região foi qualquer coisa de inesquecível, e que não me tenho cansado de contar desde que voltei de lá. A começar pela ida à Quinta do Vale Meão, local deslumbrante e emblemático na história dos vinhos do Douro, e a terminar na glamorosa Quinta da Terrincha, mesmo assim acho que o que mais me marcou foram os passeios pelas quintas mais embrenhadas na serra, a Quinta da Cabreira (propriedade da Quinta do Crasto) e a Quinta das Bandeiras (propriedade da Quinta de La Rosa), em que andámos no meio das vinhas. São histórias que ficam para contar aos netos.

Por isso, não tenho como expressar a minha gratidão por me terem proporcionado esta magnífica oportunidade. A experiência como jurado no 5º Concurso de Vinhos do Douro Superior foi uma estreia e deu para perceber como é difícil, falível e pode ser “traiçoeira” esta missão, em que temos de provar muito em pouco tempo, com vinhos tão díspares a baralharem-nos os sentidos. Mas é desafiante e aliciante, e também uma aprendizagem acelerada que, devo confessar, não me importaria de repetir.

Por último, muitos já o fizeram publicamente e pessoalmente, e a organização também, mas não quero deixar de expressar igualmente o meu agradecimento por toda a simpatia e atenção que nos foi dedicada pelos produtores e enólogos com quem contactámos. Foram inexcedíveis no acolhimento que nos dispensaram, deram-nos a provar o que têm de melhor (nos comes e nos bebes) e receberam-nos como se fizéssemos parte da equipa que diariamente labuta com eles. Neste aspecto, apenas uma palavra à parte para o enólogo da Muxagat Vinhos, Luís Seabra, que nos deu a rara possibilidade de provar vinhos ainda em estágio nas barricas na adega, onde depois desfrutámos dum jantar magnífico (como foram todas as refeições que nos proporcionaram). Também aqui a simpatia foi insuperável, a começar pela proprietária Susana Lopes.

Correndo o risco de me esquecer de muita gente que trabalha nos locais visitados, não quero deixar de mencionar também aqui os nomes de Francisco Olazabal, esposa e filha Luisa Olazabal, na Quinta do Vale Meão, Jorge Roquette e Manuel Lobo de Vasconcellos, da Quinta da Cabreira/Quinta do Crasto, Jorge Moreira na Quinta das Bandeiras/Quinta de La Rosa, e Mónica Pinto na Quinta da Terrincha.

Obrigado igualmente ao Ricardo Palma Veiga, da Revista de Vinhos, pela bateria de fotos fornecidas, das quais, com a devida vénia, publicaremos algumas.

Muito e muito obrigado a todos, e também aos meus companheiros de viagem, excelentes comparsas de ocasião.

Por último, mas não menos importante, e como o blog é de dois (embora não pareça...), há que mencionar o outro bandalho que é o verdadeiro culpado de isto existir, pois foi ele que criou o primeiro blog (Krónikas Tugas) há mais de 12 anos. Estou a falar, obviamente, do diletante preguiçoso tuguinho, que quase deixou de escrever... mas continua a provar, e a aprovar grande parte dos artigos que aqui são publicados.

Bem hajam.

Kroniketas, enófilo ainda em fase de recuperação das viagens

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