Prova de vinhos no Hotel da Penha Longa (2)



Depois da primeira incursão ao Hotel da Penha Longa, um fim-de-semana destes voltámos ao local do crime. O nosso anfitrião, Julian Milisse, desta vez preparou uma prova horizontal de vinhos tintos de 2005, de diferentes regiões e feitos com diferentes castas, de modo a estabelecer as diferenças entre eles.

Tivemos um Villa Romanu, da Herdade do Perdigão, do Alentejo; um Bridão Merlot, da Adega Cooperativa do Cartaxo, do Ribatejo; um Quinta do Peru, de Terras do Sado; um Dão Cativelos; e um Casa Burmester Reserva, do Douro.

O grupo de convivas desta vez era mais extenso e nem todos habituais bebedores, pelo que houve opiniões muito discrepantes nas provas. Pessoalmente achei o Villa Romanu um vinho fácil de beber e adequado para o dia-a-dia; o Bridão Merlot mais fechado e com um certo fundo vegetal que não agradou por aí além; o Quinta do Peru com a madeira demasiado marcada, coisa aliás habitual em muitos vinhos das Terras do Sado, mas houve quem gostasse assim; para os menos habitués, o Dão Cativelos cativou-os. Muito suave e com aroma frutado muito elegante. Por último, o Casa Burmester, mais complexo mas menos fácil numa primeira abordagem, mas certamente o mais equilibrado e completo de todos.

Conversa puxa conversa, fala-se dos vinhos preferidos e eis que vem à conversa o Duas Quintas e o Bons Ares. A certa altura Julian Milisse pergunta-nos se qual dos dois queremos provar e sugerimos... ambos. E ambos deixaram os presentes convencidos.

Pelo meio ainda nos foi pregada uma partida com uma garrafa tapada, que continha um vinho oxidado, que nos apanhou completamente de surpresa. Não estava propriamente azedo, mas cheirava a um bálsamo que se costumava friccionar no peito para a tosse...

Foram quase duas horas de animada conversa e mais uma vez ficou a promessa de voltarmos para outras provas e outras conversas.

Kroniketas, enófilo assíduo

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